Depois de todo o barulho com a entrada do empresário Sandro Mabel (União Brasil) na disputa pela prefeitura de Goiânia e o que isso causou na pré-candidatura do senador Vanderlan Cardoso (PSD), a temperatura baixou. Mesmo a possível polarização entre Delegada Adriana Accorsi (PT) e Gustavo Gayer (PL) saiu do esquenta para o fogo-brando. O fato novo passou a ser outro: o retorno ao jogo do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade).
Um mês atrás Rogério era tudo como fora do jogo. Os problemas da administração não saíam do noticiário e o prefeito não dava mostras de que conseguiria segurar um mínimo de aliados para defender sua reeleição. Um marqueteiro novo foi contratado, e uma nova estratégia, lançada: antes, “Goiânia não para”; agora, “A Prefeitura não para”, Mais importante, talvez, tenha sido um detalhe ligado a esta mudança: Rogério indicou que dessa vez, sim, seguiria as orientações que lhe fossem passadas.
Em vários momentos, aqui neste espaço e em outros, ponderei sobre tal “pequeno detalhe”, necessário, e os desafios que ele precisava vencer. E que havia tempo para reagir. Dependia, mais uma vez, dele. Porque toda máquina tem sua força. Bem conduzida, no caminho certo, vai longe – pode ir à reeleição, por exemplo. Vale para todos: prefeitos, governadores, presidente. Uma questão básica de cunho eleitoral e político, só pra registrar.
A partir do momento que a gestão de Rogério passou a ter uma unidade entre política e comunicação, eis o que houve: ele voltou ao jogo. Há desafios após desafios a serem vencidos, claro. Mas o Rogério de hoje não é o mesmo Rogério de poucas semanas atrás. Ele tem um norte. Aonde vai chegar? Depende dele, em parte. Dependerá mais do eleitor, logicamente. Se for uma reação tardia para uma vitória, pode ser uma reação estratégica para o seu futuro. De todo jeito, ele estará no segundo turno. O julgamento de sua gestão é será sempre o ponto de desequilíbrio.