Goiânia que Queremos foi mote usado na eleição da capital. OAB que queremos foi mote usado na eleição do advogado Lúcio Flávio para o comando da secciona goiana da Ordem dos Advogados do Brasil. Uma eleição acabou. A outra, a da OAB, ganha fôlego agora, com fecho previsto pra o dia 19.
A OAB que Queremos marcou história. Não o slogan, mas a gestão de Lúcio Flávio. Foi uma ruptura com o velho, ou, em definição mais precisa, com o que deixara de se renovar e mostrar fôlego para as renovações necessárias do dia a dia. E agora? Agora, agora, um ponto de reflexão para os advogados, que escolheram um caminho que está na terceira estadia no poder e pede passagem para a quarta.
O novo e o velho sempre se encontram nas eleições. Assim como a mudança e a continuidade. Continuidade sem continuação, dirão os puristas do bom e velho marketing. De tempos em tempos os lados se invertem na pauta. Mudam de lado sem mudar de fato. E mudam de lado de novo. E de novo. Sempre assim. É de velho que mudam. Faz parte. E na prática? Na prática do modus operandi ou na prática da prática? Você sabe: me diz aí.
Nas disputas protocolares pelo poder, os que não chegam lá, xingam. Se debatem. Esperneiam. Mas a vida segue, apesar dos perdedores. Quem não tem competência, não se estabelece. Achar o discurso certo na hora certa da eleição é o mapa do tesouro. Do poder na Ordem, pela Ordem, para a Ordem de quem ganha. Nesta eleição, em Goiás, é o novo contra o novo-velho? Ou novo-velho contra o velho-novo? Ou o novo contra os indefinidos?
É quando se chega a este ponto que se toma uma decisão. Renovação? Mudança? Continuidade? Seja o que for, o sentimento dos eleitores é o ponto-chave. Ou descobrir, ou atiçar a palavra de ordem: eis a questão e a sentença para a comunicação em tese diante do júri. Um jogo de xadrez. Truco. Outro. Quem pode? Mas também uma oportunidade para renovação de votos: propostas, ideias, disposições em contrário, diante dos desafios para todos.
Alguém se lembra das pautas, das propostas, do sentimento da OAB que Queremos? Do que venceu e do que se perdeu dos sonhos e da realidade pactuada no voto durante e antes? As prerrogativas, por exemplo, não saem do foco. O futuro profissional, o mercado de trabalho, o Direito exposto às suas contradições e missões. O que importa de fato? O poder que vale a pena é este: o fim da desordem para o bem da Ordem.
O melhor veredito: reflexão antes da flexão do voto.