O governador Ronaldo Caiado, Iris Rezende e Nion Albernaz em seus tempos no poder, políticos de partidos diferentes (União Brasil, MDB e PSDB, respectivamente), têm em comum a avaliação popular positiva de suas gestões.
Três estilos, o mesmo resultado, ainda que em proporções diferentes. Porém uma característica também comum: primar pela habilidade política.
Caiado, por muito tempo, chegou a ser taxado como inábil. Jamais chegaria ao Executivo, diziam colegas. O que se viu: eleito e reeleito no primeiro turno; um dos três governadores a eleger o prefeito da Capital.
A política comanda tudo em uma gestão. Comanda principalmente os técnicos. Que podem até ter ideias, virtudes profissionais, criatividade necessária às funções. Mas que, sem a habilidade de implementação, não vão a lugar nenhum.
A política quebra resistências internas, por exemplo. Um prefeito perde o controle de sua equipe, vejam a história, quando não é respeitado. É o que vemos hoje em Goiânia: cada um tem sua própria prefeitura. O resultado disso, conhecemos.
É o governador ou o prefeito que dita o rumo da gestão. É ele, ou ela, à frente do Executivo que determina o rumo das coisas. É ela, ou ele, que por fim colherá o lucro de um trabalho bem feito por todos à sua imagem ou semelhança, ou o prejuízo do desastre administrativo.
Caiado se apresenta como pré-candidato a presidente porque tem dividendos acumulados. Mais de 80% de aprovação. Iris e Nion, cada um a seu modo, são fruto da história que construíram.
Por isso a reeleição de um prefeito ou governador, ou prefeita e governadora, é quase um ato contínuo. Se estão bem e a população está bem, então tudo vai bem nas urnas. Do contrario: tchau, brigado!
Qualquer área da prefeitura ou de um governo requer mais habilidade política do que qualquer outra coisa. Não há melhor comunicação do que aquele construída a partir de uma gestão que funciona e de uma construção de mensagem que envolva todos, que seja concretizado com a participação de todos na administração, partindo de cada um na sua área.
Um por todos e todos por um. O lema dos mosqueteiros vale como um terno ou um vestido de posse em qualquer político ou política que o compre pelo preço que vale: a prática da sua liderança interna (para dentro da prefeitura) e a visão de liderança que transpira e inspira para os eleitores e todas as pessoas.
O segredo do sucesso não está só na escolha dos melhores nomes para executar. Está principalmente na escolha precisa dos nomes que melhor saberão e terão habilidade (técnica e, acima de tudo, política) para fazer o que há de ser feito segundo a perspectiva e a promessa feita nas urnas por aquele que vai comandar tudo. O líder.
A política é o princípio, o meio e o fim bem avaliados. A política bem feita. Que não termina. Que reelege, elege e permanece na História. Comunicando-se através dos tempos.