Debate raso sobre Goiânia X debate duro entre Sandro Mabel e Fred Rodrigues

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  1. O debate sobre Goiânia chama menos atenção que o debate político entre os candidatos a prefeito Sandro Mabel (União Brasil) e Fred Rodrigues (PL). As demandas da cidade acabam sufocadas pela troca de ataques pessoais e recortes de falas atravessadas. Quem nunca falou algo atravessado que atire a primeira pedra.
  1. Temos problemas urgentes. O trânsito está uma dor de cabeça. Atravessa do Parque Anhanguera para o Centro, ou ir da proximidade do Buriti Shopping (que fica em Aparecida, na divisa) ao campus da Universidade Federal de Goiás (UFG) é uma calamidade. Na T-9 não cabe mais ninguém. E o que será de nós quando todas as obras de prédios no Marista estiverem prontas?
  1. Falei de mobilidade. Tem a limpeza da cidade, que está pela hora do desespero, e a má qualidade dos serviços na saúde. Creches? Meu Deus. O fio de coisas a se fazer urgente em Goiânia não cabe em um fio de twitter, o X. E mesmo assim o debate sobre os umbigos de Mabel e Fred prevalece tanto da parte deles quanto do interesse da população, que estimula o jogo sujo ao reproduzi-lo e viraliza-lo em suas próprias redes.
  1. Falta ênfase nas propostas. Falta, em parte, por isso, porque a população responde mais à porradaria do que ao alto nível. Fato. Mas falta principalmente porque os candidatos também estão acomodados nesse nível de disputa. Há mais conveniência em um gabinete de ódio do que em uma estratégia de posicionamento positivo da campanha. Incrível como candidato e seus grupos gostam mais do “mal” do que do “bem”.
  1. Nem precisa ênfase em propostas mirabolantes, tipo metrô. Essas coisas não têm credibilidade nem são pontos fortes. Até passam recibo de fragilidade, desespero. As pesquisas mostram que a população quer o básico. Por exemplo: sinal semafórico sincronizado. A onda verde. Vai resolver tudo na vida de quem enfrenta o trânsito de Goiânia? Não. Mas já seria um ganho.
  2. 6. As propostas para solução dos problemas básico são o veio de ouro da campanha em Goiânia. Ninguém está explorando. Ninguém está fazendo o básico, que é oferecer o básico. E passar a credibilidade necessária de que fará isso, sim, e também aquilo e aqueloutra obra necessária para todos nós. Em vez de ênfase na credibilidade, os dois candidatos firmam posição na beligerância. Em tentar provar quem é mais puro e santo. Diabos! Só revelam o quanto estão preparados para administrar uma cidade dos infernos, e não Goiânia.
Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação Pública de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).
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