Mabel e a missão de ser gestor sem perder a política de vista

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A vitória de Sandro Mabel para prefeito neste domingo, 27 de outubro, é uma vitória dele, da Goiânia que desde o início dizia querer eleger um gestor, do governador Ronaldo Caiado e de um engajamento político no segundo turno que juntou esquerda, centro e direita em um só coro que pode ser resumido no movimento Goiânia sim, Fred (Rodrigues, PL) não!

Mabel ganhou com muitos, com a maioria, com uma torcida gigante a seu favor e outra nem tanto, mais formada pelos que não queriam o bolsonarismo comandando a Capital goiana. Ele terá agora o desafio que formar um governo que reflita essa diversidade, e de administrar também para aqueles que derrotou, no sentido de que Goiânia dividida não significa Goiânia repartida. 

Goiânia vem de uma derrota esmagadora com a infelicidade de ter perdido Maguito Vilela em 2020, o prefeito que queria, o prefeito que merecia. A derrota foi materializada no caos que se tornou a atual gestão, por fim esmagada pela opinião pública em votação vexatória ainda no primeiro turno.

A reconstrução da cidade é o bem que nos falta, a partir de uma gestão que arrume a casa e recoloque tudo pra funcionar. Inclusive as relações políticas com a Câmara, com os governos estadual e federal, com as instituições. Será preciso fazer gestão e fazer boa política, enfim. Sem os maniqueísmos de que técnicos superam políticos, como se não fossem todos humanos.

A visão de que se trata de uma missão talvez caiba a Mabel melhor do que a de tudo tem a ver com desafio. Desafios sempre existirão, mas Goiânia está além disso. Aqui moramos, aqui vivemos, aqui plantamos o futuro nosso e de nossa família. Não é uma empresa que careça dar lucro. É a nossa vida que precisa estar à frente de todos os gestos, projetos, atos, decisões e realizações.

Mabel entra para a história. Pra ficar, terá que ser maior do que julga ser. E há exemplos de prefeitos que inspiram isso. A História conta.

Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação Pública de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).
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