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Mabel não é infalível. Lembrem-se do ‘adestrar’ professor. E Vanderlan balançou, mas não caiu

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Esses dias me lembrei que há muitos, mas muitos mesmos, muitos e muitos anos não chupo cana. A euforia na base governista com escolha de Sandro Mabel (União Brasil) como candidato a prefeito é um alívio para quem não tinha nome relevante até outro dia, mas está sendo confundido com a euforia de já ganhou.

Mabel tem um longo caminho pela frente. E a busca de um vice mostra as armadilhas no seu caminho. Ele quer alguém do PL, que seja mulher, e que seja também evangélica. E o MDB, como fica nessa história? Já tem o vice-governador, que será governador, e tá bom demais? O projeto Mabel prefeito não é do MDB, importante lembrar.

Nessa linha de raciocínio, o que os emedebistas podem esperar do companheiro Mabel em 2026? Apoio certo? Ou que ele opte por apoiar não Daniel, mas o provável candidato a governador do PL, Wilder Morais? A movimentação de Mabel provoca mais dúvida do que confiança no MDB.

Mabel tem qualidades que batem em cheio com a expectativa do eleitor. Bom gestor e experiente. Mas é conhecido também pelos posicionamentos repentinos que resultam mais em desgaste do que o contrário. Ele é sempre imprevisível.

Em 1992, candidato a prefeito pelo MDB, ele se derrotou principalmente quando usou uma palavra inadequada para se referir aos professores. Em ato falho, tascou um “adestrar” que abriu um campo enorme de ataques a partir dali.

Vanderlan lidera as pesquisas. Se vai deixar de liderar é uma história que ainda não está contada. Como não está garantido que Mabel vai virar um foguete e ultrapassar todos só com o lançamento de seu nome. Uma coisa é perspectiva; outra, a realidade.

Vanderlan está no jogo, pode negociar a permanência ou a retirada de seu nome, e pode fazer isso com Mabel ou com Adriana Accorsi, do PT. E se continuar bem nas pesquisas, logo recuperará o fôlego.

O governo deu um golpe, mas não ganhou a eleição ainda. Vanderlan balançou, mas não caiu de vez. O jogo está sendo jogado. Até a convenção há uma longa caminhada. E muitas pedras pelo meio do caminho.

Vanderlan queria Mabel, seu amigo velho, na sua vice. Mabel virou candidato contra o velho amigo. Velhos amigos, novos adversários, Vanderlan e Mabel terminarão como?

Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação Pública de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).
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