Marden Junior, Fernando Pellozo e Vilmar Mariano: frágeis lideranças

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Marden Júnior, prefeito de Trindade, foi eleito mais por méritos do ex, o empresário Jânio Darrot, do que por encantos próprios. Darrot o abençoou e foi à luta.

Fernando Pellozo, em Senador Canedo, a mesma coisa: quem o elegeu foi o seu padrinho político à época, o também empresário, senador e ex-prefeito Vanderlan Cardoso.

Vilmar Mariano, o Vilmarzinho, que herdou a prefeitura quando Gustavo Mendanha renunciou para disputar o governo, ano passado, virou vice e se tornou titular porque, nas negociações de bastidores para montagem de chapa, assim o quis o ex.

No exercício do mandato, uma coisa ainda os une: a dependência, ou o fantasma – depende do ponto de vista -, dos ex. Sozinhos, falta-lhes força popular e política para se reeleger.

Se não tiverem o apoio dos líderes que os colocaram no poder, os três poderão ter o contrário, o trabalho contra dos ex-gestores, mais o peso do carimbo da traição.

Marden tem mostrado sintonia com Darrot, depois de alguns estranhamentos entre os dois e ações de assessores que sonham com o rompimento. Darrot acena para outro projeto político: deputado federal ou senador.

Fernando foi mais longe. Deu pinta de rompimento com Vanderlan ao trocar o PSD do senador pelo União Brasil do governador Ronaldo Caiado. Não há briga oficial, mas também não há alinhamento. No início do mandato, Vanderlan despachava com secretários da prefeitura em sua empresa.

Hoje, a relação é outra e Fernando tem firmado posição de ser candidato mesmo contra outro nome apoiado pelo senador. Mas aí o cenário da reeleição pesa. Fica nublado.

Vilmar tem relação de amor e ódio com Gustavo. De início, romperam depois se ajustaram no estilo casamento por interesses comuns, mas sempre às turras. Notícias de separação tumultuada são constantes. Tudo pode acontecer, inclusive nada – na clássica definição esportiva.

Pior agora. Vilmar e Gustavo foram alvo, na quarta, 19, de visita da Policia Civil, que investiga possível irregularidade nas obras da nova sede da Câmara. Agora, os dois estão juntos e maculados. Qual a força de Gustavo como cabo eleitoral? E a do prefeito, que já não ia bem de avaliação?

No interior, há mais casos de candidaturas que sobrevivem apenas com o esforço de ex-prefeitos ou líderes com maior presença entre o eleitorado. O que mostra carência de novas lideranças.

Os três estão em colégios eleitorais estratégicos e grandes, no entanto, nenhum mostra fôlego para ir além do que for permitido pelos seus padrinhos – ou mandatários eleitorais. São frágeis, dependentes e carentes de alguém que os puxe pelas mãos até as urnas da reeleição.

*Texto publicado pela Tribuna do Planalto

Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação Pública de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).
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