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sábado, fevereiro 8, 2025

PT foi maior adversário de Adriana, Gomide e de seus candidatos. Todos perderam para o antipetismo

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Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação Pública de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).

O PT tem muitas lições a tirar das urnas. Questão de sobrevivência. A luta continua para tentar reeleger Lula mas a onda gigante da direita vem de lados extremos, já engole 2026 e o partido respira por canudinhos. Os petistas duvidam? Este é o ponto.

O debate interno está em curso, o que já é uma boa notícia interna. Há muito a ser ponderado. É avaliado. Veja o caso dos candidatos a prefeito em Anápolis e Goiânia, Antônio Gomide e Adriana Accorsi, um deputado estadual e a outra, deputada federal. São casos próximos, e ilustram bem a situação geral.

Adriana e Gomide são petistas-raiz. Nasceram politicamente dentro da legenda e estão firmes na alegria e nas Dificuldades. São nomes conhecidos do público e com imagem que não combina com a que as campanhas contra eles mostraram em suas cidades este ano.

Ambos estão em contato direto com as ruas, ouvem a população, dialogam, têm histórico de compromisso com pautas sociais e trabalho reconhecido em favor da comunidade. Sem o ruído do antipetismo, são petistas e são políticos respeitados e referenciais de boa política. São de resultado para a população, e não de benefícios pessoais.

Não fosse o ruído do antipetismo, seriam nomes fáceis de se defender numa eleição. Mas o ruído é real. O ruído, mais que os adversários, os derrotou. Um ruído que afeta a legenda, que não é deles. Um ruído que impede que sejam considerados pelas virtudes que carregam. Um ruído da política adversária que se sobrepõe ao diálogo e ao bom senso.

A situação é complexa porque não há Adriana e Gomide sem PT, porém não haverá PT se Adriana e Gomides não conseguiram mais se eleger. A aliança está quebrada e soldá-la é o grande desafio. Antes de 2026. Antes das próximas disputas, quando a direita estará mais forte e quando a população, caso a onda de antipetismo não seja contida, estará mais envolvida na asfixia da legenda e seus militantes.

Em Anápolis, o conceito das administrações passadas de Gomide são de altíssima aprovação. Em Goiânia, a avaliação de Adriana terminou em alta, com votação maior que em pleitos anteriores. Mas isso é pouco. Porque não foi o suficiente para a conquista das prefeituras. O PT pode mais. E precisa mais. Mais Gomide, mais Adriana, mais Lula e menos umbigo.

Ou será que alguém realmente acredita que eles perderam porque faltou vermelho nas campanhas?

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