Quem vai liderar Goiás no novo ciclo político? Um homem? Ou uma mulher?

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Precisamos falar sobre a formação de novos líderes políticos. Os partidos buscam resultados imediatos, e na correria buscam nomes a esmo.

Em boa parte das vezes, o objetivo é preencher chapas. Fazem isso também na busca de mulheres candidatas, nesse caso sem atentar para idade.

A renovação nem sempre interessa de verdade porque tem a ver com ocupação de espaço. Um ou uma jovem que chega é uma ameaça para quem já está estabelecido – ou busca se estabelecer nos velhos moldes.

A formação, então, é um detalhe. Ou um processo também para criação de futuros apoiadores de candidatos. Jovens preparados para serem cabos eleitorais. Não mais que isso.

O problema está exatamente nessa matemática cruel. Se os partidos não formam, quem vai formar os novos líderes? Quem vai lhes despertar a vocação? Onde haverá espaços de oportunidade?

Há exceções, evidente. Uma ou outra fundação partidária leva a sério a formação. Mas muito poucas e sempre resultam vulneráveis ao assédio das preto as estabelecidas.

Goiás está um campo aberto para um novo ciclo político. Se olharmos bem, não há nenhum nome que inspire. O que mais vemos são políticos de idade baixa mas com os vícios arcaicos daquilo que já deu.

De onde virá o novo líder da oposição? Quem se estabelecerá como situação, governo? As alternativas existem? Pra onde se olha, o vazio é imenso, o que quer dizer que a possibilidade é infinita.

O mais provável que o grande líder, ou alguns dos grandes, de Goiás ainda nem conhecemos. É alguém que não chegou à política ainda. Ou que não está a olhos vistos como aqueles que despontará.

Quem sabe esse nome será o vencedor para o governo em 2026. Quem sabe outros nomes surgirão exatamente aí, o ano em que tudo está aberto e tudo pode acontecer como há muito não se vê em Goiás.

Minha referência é Iris Rezende. Um líder que provocou mudanças substanciais em Goiás e no País e tem uma História incomparável. Prefeito de Goiânia, governador, ministro, ele é memória e referência.

Essa a questão: teremos um nome que seja tão representativo na política goiana? Ou que tenha força política para dividir os acontecimentos de seu tempo em antes e depois?

Será um homem? Uma mulher?

Tem hora que imagino que é pura ilusão imaginar um líder sendo formado em um partido. Iris não foi. Iris surgiu e dominou.

Mas penso na grandeza que representa partidos gestando líderes de verdade, em vez de jovens agitadores de bandeiras.

Os partidos estariam fazendo uma política grande. Em todos caso, alguém fará política grande. Só não sabemos ainda quem. Só não nasceu, no sentido político e por agora, o novo em Goiás.

O novo virá. Inevitavelmente. Não virá apenas como alguém levado pelas águas à superfície do poder. Por um acaso. Uma sorte momentânea.

O novo virá como onda avassaladora, e levará o mar junto. Porque, se não for assim, será apenas isso: mais do mesmo; a véspera de uma mudança de ciclo, a renovação real e vencedora que chega pra ficar.

Um líder de verdade chega e todos sabem que chegou pra durar no tempo. Exatamente quem não chegou. Ainda.

Quem sabe, uma mulher. Pra acabar de vez com essa visão de que importam, mas só no discurso e na própria disposição delas. Voto a favor.

Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação Pública de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).
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