spot_img

Quero uma prefeitura na porta da minha casa

em

|

views

e

comentários

Não quero muita coisa. Uma coisa que quero é uma prefeitura na porta da minha casa. Uma prefeita (ou prefeito) que não precisa me conhecer, mas que me reconheça e considere em cada decisão que tomar. Eu e todos os moradores da cidade, incluindo-se aí os pardais, os moradores de rua e os que sofrem com as chuvas. Convenhamos: ninguém merece sofrer de chuva; merece é desinundar-se.

Imagina termos um prefeito (ou prefeita) que vai no buraco quando não tapa as locas das ruas. Esse prefeito vai sofrer, vai querer reclamar para o prefeito, e quando descobrir que é o prefeito, vai agir como tal, e não falar como o tal. Vou trocar figurinhas com ele nas esquinas, e enquanto brincamos com o sol e a lua, as máquinas dançam na construção de escolas e postos de saúde. E as coisas funcionam, os servidores satisfeitos e a população bem atendida. Não tô sonhando acordado. Porque o prefeito que eu quero me permite dormir em segurança e em paz.

Quero uma prefeita (ou prefeito) que fale a minha língua, ouça o que estou dizendo, fale apenas quando não estiver fazendo e para dizer: Vou fazer; viu?: está feito. O que significa que na maior parte do tempo serem ambos, cidadãos, sem autoridade superior que não seja a minha, a dele, a sua, a nossa vontade. Penso que não preciso saber a religião, o time ou a cor da pele de quem faz por prefeita. Preciso ter o prefeito que eu quero na hora que precisar, bem no instante em que os ônibus ameaçarem parar e o esgoto sopitar de repente.

Quero uma prefeitura à imagem e semelhança de cada um de nós: com responsabilidade social, transparência nos seus atos e gastos, respeito ao patrimônio público e espírito público legítimo. Uma prefeitura antenada com as minhas necessidades urgentes e próximas o bastante para que eu possa olhar longe. Uma prefeitura digna do nome, e um prefeito (ou prefeita) que me orgulhe. Uma prefeitura que funcione na porta de casa, onde eu e 1,5 milhão de outros cidadãos vivemos a vida de verdade, bem distante da demagogia dos prefeitos de araque e palanque.

Quero sonhar. E sorrir depois. Por ora, vou deixando claro o que quero. Já disse o que quero, duas vezes por sinal. E você, diz pra mim: o que quer com o meu voto?

*Texto publicado pelo Diário de Goiás

Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação Pública de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).
Compartilhe
Tags
spot_img

Mais Lidas

As diversões nas cidades do interior

Nas cidades do interior, as opções de lazer nunca foram lá muito satisfatórias, tanto nos tempos mais longínquos quanto nos dias atuais. A população...

Republicanos tem 24 pré-candidatas à Câmara, o dobro da cota mínima

Olho: Montagem da chapa de vereadores foi articulada pela presidente do diretório municipal, Sabrina Garcez Articulada pela vereadora e presidente municipal, Sabrina Garcez, a chapa...

Caiado tem força pra eleger, mas perde fácil quem não faz a sua parte

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) é o maior cabo eleitoral de Goiás neste momento. Essa a visão que prevalece nos bastidores políticos. O...

Recentes

Relacionados