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Ronaldo Caiado só pensa em Presidência. Governo é tocado no automático e aliados veem tudo sem saber onde ele vai chegar

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A dedicação do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) ao seu particular projeto de tentar ser candidato a presidente da República tem exigido dele tempo e atenção. Enquanto ele acelera no sonho, a realidade em Goiás é que o governo estadual vai sendo levado em modo automático. A seu favor estão pesquisas que mostram alta aprovação por parte dos goianos.

Em segundo plano, vão ficando também as articulações para escolha do candidato governista a prefeito de Goiânia. Até aqui, ele ganhou tempo para ir atrás do projeto nacional. Mas aos poucos o espaço entre as convenções e o prazo para se trabalhar um nome que sairá – ou, pelo menos, as chances são essas – entre os retardatários vai ficando cada vez menor.

De grande condutor de um processo que deixa o MDB em segundo plano nas articulações, provocou desgastes com deputados estaduais aliados- incluindo o presidente da Casa, Bruno Peixoto, pretendente a candidato a prefeito -, e que tem o peso histórico de dar a Caiado o destaque como aquele governador que conseguiu eleger o prefeito da Capital, quando muitos fracassaram, Caiado pode terminar o processo como responsável direto pela derrota.

Uma coisa é conduzir tudo a seu tempo. Outra é deixar tudo passar da hora. A busca pela candidatura já está, aliás, um passo no rumo da obsessão. E inclui elementos à parte que podem resultar em outros desdobramentos na imagem do governador. Ele tem negociado com tantos ou acenado em tantas direções – a mais recente inclui Wilder Morais e Gustavo Gayer (PL) como possível forma de ter Bolsonaro apoiando-o em 2026 -, que daqui a pouco os aliados já não vai saber mais se continuam aliados ou se ele escolheu outra direção.

O mais silencioso no papel, observa o governador sambar à sua frente e espera que Deus não o afaste para o bolsonarismo de Wilder e outros potenciais adversários, é o vice-governador Daniel Vilela. Daniel está quieto no seu canto, mas as notícias de assessores preocupados com o que veem e não entendem, por parte do governador, é grande. Até onde vai Caiado pela Presidência? Eis a grande questão. Por enquanto, ele está indo em todas as direções sem chegar a lugar algum em Goiás, a não ser no lugar de uma nascente incógnita.

Vajamos o resultado da disputa pelo comando do União Brasil, nesta quinta, 29.

Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação Pública de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).
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