Quem viu pesquisa qualitativa em Goiânia sabe quem vai ganhar a eleição ano que vem. No final deste texto você também saberá. Preste atenção.
Vai ganhar aquele que mostrar à população que é e/ou será um bom gestor. A cidade carece de alguém que mantenha a cidade limpa, as contas arrumadas, que imponha respeito à sua equipe de auxiliares e aos cidadãos e que tire a prefeitura das manchetes com escândalos e denúncias. Nada demais. O básico.
Ah, e que conclua as obras começadas. Nada de lançar novas obras faraônicas logo de cara. Conclua, por favor, o que está começado. Depois invente, mostre sua criatividade e competência administrativa.
O bom gestor pressupõe-se que seja também um bom político. Para conversar com as instituições, ouvir a população, buscar recursos em Brasília e manter um clima de unidade na administração e na cidade. Chega de altos e baixos, trocas constantes de secretários e agitação nas redes sociais sem efeito nas ruas e nas casas das pessoas. Resultados objetivos, please.
Simpatia ganha sorriso, às vezes, mas não ganha eleição. Promessa chama a atenção, mas nem sempre resulta em imagem positiva. Palavras bonitas não iludem ninguém. Eleitor não é bobo. Bobo é quem acha que conversa bonita põe voto na urna. Conversa fiada.
O vencedor ano que vem será aquele que deixe clara sua capacidade de articulação para o bem coletivo. Candidato esperto que se diz bom articulador é espertalhão, e não benfeitor. Ou será que ele acha que convence alguém?
As bravatas, as pautas que plantam ódio, as ideologias artificiais podem causar, mas só na base da gíria. Na prática, só tendem a causar a derrota. Mais uma vez: a hora é de pragmatismo e caldo de galinha.
Veja que as pesquisas estão colocando ênfase bastante em nome, perfil, em um líder, muito mais do que em plano de governo. É preciso ter um plano, claro, mas o bom condutor é fundamental.
Vamos então ao nome. Desses que você está vendo aí como possíveis candidatos, que estão claramente na chamada pré-disputa – irmã da pré-campanha -, qual é o que reúne esses predicados? Pense só, não fale em voz alta. Isso! Esse aí é o favorito.
Mas favorito não quer dizer que será o vencedor. Sou mais o nome que vejo como o melhor. Ele reúne tudo isso aí e ainda tem pinta de mudança, renovação. Quem? Tô falando do… do… do candidato que ainda não está posto. O que ninguém cita. O que só vai se estabelecer mesmo lá na frente.
O candidato que pode vencer, no meu “intindimento”, é o que ainda não está na disputa aberta. Ou que é citado só de leve, sem muita convicção ou credibilidade (como candidato). Este é o que pode surpreender.
Porque os nomes que estão aí não fazem ainda por merecer o voto dos goianienses. Diz as pesquisas. Eles se acham mais do que são. Estão mais preocupados com seus projetos político-pessoais do que com a população. Não estão focados na vitória, apenas e tão somente na candidatura, como se isso bastasse para ser eleito.
O que vai ganhar ainda nem nasceu de verdade. Se nasceu, não cresceu. Se cresceu e não apareceu, simplesmente não existe. Pelo menos ainda.
*Texto publicado pela Tribuna do Planalto