O jornal O Popular publica neste sábado sua primeira pesquisa Serpes deste ano sobre o quadro eleitoral de Goiânia. Sábado começam as convenções. Sábado teremos estratégias sendo redefinidas com urgência, algumas na base da agonia e êxtase dos índices.
Esta semana está tensa nos bastidores políticos por isso e por conta do afunilamento das negociações. Não quer dizer que até sábado tudo estará fechado. Se o tempo até o fim das convenções é curto no espaço, é muito longo na intensidade. Até dia 6 teremos fortes emoções em todo o Estado, em Goiânia também.
As pesquisas de hoje não são conclusivas. Urnas mesmo, só em outubro. Mas pesam como nunca. Pesam nas articulações. Pesam na artimanhas. Pesam no imaginário. Porque não há lugar onde as pesquisas influenciam mais do que na imaginação. Ele lidera? Imagina. Ele não decola? Vai imaginando.
Não há definição calculada de líder nas pesquisas que não possa ser atropelada por uma boa reação adversária. O que significa que pesquisa agora alimenta, mais do que sacia a sede de ansiedade. Bom mesmo é ver como ela sacode poeiras e provoca insônias nos acomodados.
Os incomodados que se mexam. Os outros, fiquem parados para ver… O recado dos números é antes de tudo isso, recado. O Serpes dirá o que cada um quiser entender. Dirá também o que devem fazer, ainda que o diga com desconfianças e reticências de praxe. Não confere? Então confere aí.
Piores são aqueles que se movem confiando em pesquisa alheia ou em rastro de onça. Marketing político que se mede pelo adversário é mágica de circo ou matula de malandro e meio. Marqueteiro não ganha eleição. E quem perde é sempre o candidato. Economia cara a que deixa cego, e quem só enxerga intuição é o próprio umbigo, sem rumo em tiroteio.
Instituto de pesquisa é bíblia de momento. Deus é testemunha. Sabe das coisas. Fala pelas parábolas dos índices. O Popular e o Serpes chegam em boa hora. No bico do funil das conversações. No instante em que tudo ou nada é mais do que uma sentença. Mas isso não é o fim do mundo. A eleição tá só começando. Todo dia está. Quem vê apenas cara, não tem coração.