Bruno Peixoto ocupa espaços em superesforço como candidato a pré-candidato a prefeito de Goiânia

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O esforço do presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (União Brasil), para ser visto como pré-candidato pra valer a prefeito de Goiânia é o que há de mais relevante neste final de ano. Ele chegou da viagem à China com o governador Ronaldo Caiado (UB) um tanto desanimado, dando a entender que levaria sua pretensão até o início do ano, mas sabendo que não seria o escolhido. Chegou a lamentar o fato em conversas com aliados na Assembleia, cheio de dor.

De repente, mudou a conversa passou a ocupar todos os espaços possíveis como pré-candidato irredutível. O ápice foi na semana passada. Durante entrevista ao Popular, não só garantiu que está no jogo como mandou recado para Caiado e o vice-governador, Daniel Vilela (MDB), que já tem certo que assumirá o governo em abril de 2026, com renúncia anunciada pelo titular, para buscar a reeleição. O recado: se não for candidato a prefeito, será a governador. Pelo menos foi o que todos entenderam.

Estimulando Bruno está a presidência da Assembleia, com orçamento em torno de R$ 1 bilhão – segundo ele revelou ao jornal –, e também deputados e assessores que veem oportunidade de ouro para o pulo do gato, quer dizer, de Bruno. O orçamento de Goiânia é de cerca de R$ 7 bilhões. Está igualmente, ao que parece, a resistência que enfrenta dentro do próprio governo, que tem outro nome no gatilho: Jânio Darrot, empresário e ex-prefeito de Trindade.

A ação de Bruno não é de pré-candidato em pré-campanha, e sim de candidato a pré-candidato para poder fazer pré-campanha. Ao percorrer os veículos, ele acumula milhas de insistência em sua pretensão. Pode dar certo? Claro. Como diz o ditado, água em pedra dura tanto bate que irrita e fura. Algo assim. Bruno tem experiência e soldados obedientes para bombardear as redes e grupos de WhatsApp com seu nome. E a disposição de fazer o que é preciso para ganhar visibilidade. Já basicamente deu posse, por exemplo, ao seu cachorrinho-mascote João Peixotinho, que tem perfil no Instagram, como seu substituto na presidência da Assembleia. Um acontecimento à parte.

Caiado e Daniel mantém-se distante de qualquer polêmica com Bruno. Evitam comentar a candidatura, e quando o fazem, é em termos genéricos. Enquanto isso, ganham tempo. O objetivo do governador é anunciar o nome de sua base para a prefeitura só lá em fevereiro ou março, e olhe lá. Nesse tempo, não há problema que os pretendentes a candidato se movimentem. O que está na conta de ser o desde já escolhido, Jânio, é que pouco faz. Ou está se preservando ou perdendo espaço. Mas até isso é visto como estratégico para o governo. Com ele posto no jogo, a decisão foi automaticamente adiada. Como era para ser. E bola pra frente.

* Texto publicado pelo Diário de Goiás

Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação Pública de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).
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