O PT e sua pré-candidata a prefeita de Goiânia, Adriana Accorsi, deixam claro que querem aliança com o senador e também pré-candidato a prefeito Vanderlan Cardoso (PSD). Com tantas eleições disputadas nos últimos anos, é possível antever aonde isso levará Vanderlan: à confirmação de sua candidatura.
Quanto mais Vanderlan perceber que é cobiçado, mais pesquisas mostrarem que ele continua na ponta e mais o governo estadual bater cabeça na escolha de seu candidato, mais ouriçado em entrar na disputa ele ficará. Tem sido assim. Se não for, de novo, assim, esta é que será a novidade.
Neste caso, Vanderlan será candidato, Gustavo Gayer (PL) será candidato e o governador do Estado, Ronaldo Caiado (União Brasil), terá um candidato. Em tese, todos do centro à extrema direita. Bom para o PT? Para ir a um segundo turno, provavelmente. Já em um segundo turno… fica a dúvida.
O PT tem partido forte, militância aguerrida, o presidente da República e um eleitorado de base e outro possível, que se junta. É com esse possível que ele conta para completar a conta de ganhar a eleição. Uma campanha pra dentro, ou para militantes políticos de esquerda e direita e seus extremos, será apenas mais do mesmo.
Os adversários do PT serão a imagem do presente, a memória das gestões passadas e a direita inflamada. E em se confirmando a polarização direita X esquerda, com a predominância ainda da pauta ideológica/comportamental e tais – que movem o bolsonarismo – em outubro, o outro adversário será o próprio partido e seus posicionamentos. Quem erra menos, costuma ganhar a eleição.
* Texto publicado pela Tribuna do Planalto