Por Elson Gonçalves de Oliveira*
No Brasil, o segundo domingo de agosto de cada ano é uma data festiva dedicada aos pais, a fim de celebrar e homenagear essa figura tão importante para a instituição familiar e para a criação e formação dos filhos. É um dos acontecimentos mais festejados em todo o mundo, assim como o Dia das Mães cuja comemoração se dá no segundo domingo do mês de maio, anualmente.
Por isso mesmo e antes de tudo:
Parabéns aos pais que têm ligação consanguínea com seus filhos!…
Parabéns aos pais que optaram pela paternidade afetiva ou adotiva!…
Parabéns aos pais presentes, que não têm medo de assumir a responsabilidade de criar, dar sustento, garantir apoio moral e material, distribuir amor e carinho ao filho indefeso que pôs no mundo; de promover eficiente formação à prole, a fim de que todos se tornem cidadãos(ou cidadãs) úteis para a sociedade e para a pátria!… O alerta é para pai ausente, pedindo a Deus que toque o seu coração, com o intuito de despertá-lo para o cumprimento de seu sublime e elevado dever de pai!…
Parabéns ao pai que goza de boa saúde, que carrega vigor e disposição para batalhar em prol do bem-estar de seus filhos e de sua família!…
Nosso abraço fraternal aos pais doentes e aos pais enfermos, rogando a Deus que lhes restabeleça a saúde, a fim de que possam realizar bem o papel que lhes confiou o Criador!…
Nossa reverência ao pai que batalhou e cumpriu a sua missão aqui na terra e hoje está morando com Deus!…
Pai ou amigo?…
A priori, pai não é amigo de seu filho nem mãe é amiga de seu filho: pai é pai, mãe é mãe. E amigo é somente amigo.
A paternidade e a maternidade são realidades distintas da amizade. Amigo a pessoa escolhe e pode ter dois, três ou quantos desejar. A qualquer momento poderá substituí-los, caso queira. Pai e mãe são únicos e só por isso não estão sujeitos a ser permutados.
E quando o filho chega, seja ele saudável ou doente, feio ou bonito, os pais devem se jogar na elevada missão de amar e dar sustento, cuidar e educar, como também encaminhar na vida. Da mesma forma, não é dado ao filho o direito de mudar de pai ou de mãe, quando estes contrariam os seus desejos de criança ou adolescente mimado. Claro que não cabe aqui qualquer indagação sobre adoção, que é instituto autêntico e com fundamentos próprios.
Não se deve confundir as coisas: circunstancialmente os pais podem até agir como se fossem amigos e companheiros de seus filhos, conversando com eles, trocando ideias, confidenciando as dificuldades e compartilhando alegrias e tristezas. Porém isso se dá somente por força e em consequência do exercício da paternidade e da maternidade, não em decorrência de um mero relacionamento de amizade.
Pai ou genitor?…
Qual a diferença entre pai e genitor? Quem é considerado verdadeiro pai: o que cria e dá sustento ou o que cria, sustenta e, além disso, dá carinho e amor e ajuda a encaminhar na vida?
Na verdade, pai é o que cria, dá sustento, dá amor, dá atenção, ouve o que o filho tem a dizer, ensina ao filho os caminhos da vida, brinca com ele e participa intensamente da sua vida diária.
Genitor é somente o que gera. Por isso, não basta ser genitor, contribuindo com o esperma, apenas, para gerar um filho. É preciso ser pai de verdade. E pai de verdade é aquele que participa efetivamente da vida do filho, seja em casa conversando com ele, seja na escola fazendo parte ativamente de sua vida escolar; seja quando cresce, na travessia difícil da adolescência, na escolha da profissão e no desenrolar da vida adulta.
A presença do pai
A criança ressente muito da ausência e da omissão do pai na sua formação. Ela deseja, sente a necessidade do contato direto com a figura paterna. E o pai não poderá furtar-se à sua obrigação de estar ali junto dela, tão logo possa e de acordo com um planejamento racional, até mesmo de revezamento com a esposa, se for necessário.
Reiteradas pesquisas, envolvendo meninos e meninas de uma faixa etária de até doze anos de idade têm mostrado que a principal reclamação das crianças e adolescentes é com relação à ausência paterna na família. Reclamam da falta de companhia do pai, da sua amizade, do seu carinho e do seu apoio.
Portanto, fica a sugestão: Seja um pai presente e faça seu filho(a) feliz!… Dê-lhe presentes (Não precisam ser sofisticados e caros, podem ser modestos e baratos), pois certamente ele(a) vai gostar muito, ele vai ter a certeza de que você o ama de verdade. Contudo, mais do que isso, faça-se presente não só no aniversário, mas também na vida de seu filho!…
Parabéns a todos os pais pelo seu dia!…
*Elson Gonçalves de Oliveira foi professor de Língua Portuguesa, é advogado militante e escritor, com vários livros publicados.