Ronaldo Caiado queria ganhar tempo para articular a sua candidatura a presidente da República. Está empenhado nisso. O leitor do Diário de Goiás já sabia (LEIA ABAIXO). Esta semana, o assunto voltou a ganhar espaço, com o anúncio da desistência do presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto, em ser candidato a prefeito. Caiado zerou o jogo em sua base, na Capital, logo depois de fazer uma declaração pública de que fevereiro seria o mês-chave para intensificar as conversas, mas que definição mesmo só nas convenções. Na coluna Giro, de O Popular, está anotado: ele quer tempo para articular sua candidatura e instabilidade no seu quintal é tudo o que ele não precisa.
Caiado também nunca escondeu que não abre mão de ter o controle da disputa em Goiânia, onde sonha quebrar a sina dos governadores que não elegem prefeito na Capital. Somando tudo isso, fica claro que Bruno esticou demais a corda da insistência e fez o governador agir. Muitas vezes os atropelos dos políticos ocorrem exatamente por olharem demais para o espelho e menos para além da vitrine. Peitar Caiado não tem sido positivo para qualquer aliado. Todos sabem que ele é duro, não espera. E a paciência tem limite.
Bruno pode até voltar ao jogo. Mas terá que calibrar bastante suas ações. Como estava indo, era questão de tempo até bater no paredão. Diferente de como tem agido Daniel Vilela, que mede os passos e anda conforme a música que sai do Palácio. Caiado tem menos de três anos de Poder. E enquanto estiver de posse dele, será dele. Não abre mão. A popularidade alta, a avaliação lá em cima de sua gestão, não são nem avalizadores de sua gestão, e sim estimuladores de seus planos. Caiado é candidato a candidato a presidente da República, independente do que A ou B pensem. Quem desconsiderar isso no campo minado da política atual terá um só destino: bum!
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*Texto publicado pelo Diário de Goiás