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A comemoração do Natal

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Origem do Natal

Em sua origem, o Natal é considerado um feriado cristão. Com o passar do tempo, no entanto, foi disseminado para fora do âmbito religioso. Atualmente, o Dia de Natal é feriado em quase todos os países do mundo e, independentemente da religião, todas as pessoas celebram a festividade à sua maneira, segundo os costumes de sua família, de sua região e de seu povo.

Mas seguindo a tradição, o Natal continua sendo conhecido como a data do nascimento de Jesus Cristo e se trata de uma celebração típica da religião Católica.

Para melhor entender como nasceu o Natal, imperiosa se torna a informação de que no século III d. C. a Igreja desenvolvia um trabalho missionário de conversão dos povos pagãos, a fim de que passassem a comemorar o nascimento de Jesus e com isso aderissem à prática do cristianismo. E nesse afã, com o passar do tempo nasceu a Festa de Natal.

Escritos confiáveis mostram que as antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, tendo em vista o entendimento de que este foi o tempo em que os três reis Magos levaram para entregar os presentes ao menino Jesus.

O aniversariante do Natal

Apenas por curiosidade, como vai ser a comemoração do Natal na sua casa? Mesa farta, bebidas à vontade, convidados selecionados… A família vai estar reunida? Os presentes já foram providenciados? Quem não gosta de ganhar presentes, né! Mas, cuidado com os exageros da máquina econômica e do consumo!

Olha, não se esqueça de que o Natal é o aniversário de Jesus!… Ele é o convidado de honra. Fazer o Natal e não chamar Jesus para participar é, no mínimo, um contrassenso, uma falta de consideração muito grande, não é mesmo?

Então, vamos combinar o seguinte: Se seu Natal será farto, deixe Jesus participar da festa na sua casa, por que não!… Se seu Natal será humilde, sem mesa farta, não tem importância, reúna a família e chame Jesus para participar da festa. Ele também é humilde. Ele também foi uma criança pobre. Natal sem oração não fica completo.

O nascimento de Jesus

Maria e José encontravam-se ao sul da cidade de Belém. Não conseguiram hospedagem em nenhum lugar. Não distante dali, a claridade da lua permitiu-lhes enxergar uma pedra. José foi verificar de perto. De repente, não conteve um grito de alegria. Havia encontrado uma gruta, bastante ampla, que parecia servir-lhes de abrigo por aquela noite. Deram graças ao Céu. E Maria, apoiando-se nos braços de José, sentou-se ao fundo da incômoda hospedaria.

E ali Maria deu à luz o Messias prometido, o Rei dos reis, o Filho de Deus. A criança foi colocada na manjedoura. E a Mãe, prostrando-se-lhe aos pés, adorou o Enviado de Deus, no que foi acompanhada por José.

A noite era fria, e a gruta, úmida e escura. Todavia, um boi e o jumento que transportou Maria aqueceram o Menino com o calor de seus hálitos. Ela derramava lágrimas de alegria e conversava com o recém-nascido, indagando-lhe carinhosamente se devia chamá-lo Deus, mesmo tendo Ele um corpo de carne; se devia oferecer-lhe o leite materno; se devia prestar-lhe os cuidados maternos ou servir-Lhe como escrava.

Símbolos do Natal – O Presépio

Normalmente, o Natal é feito de muitos símbolos, com enfeites, árvores de Natal, decorações natalinas, músicas natalinas e o presépio. Tudo isso para simbolizar o nascimento de Jesus.

Outro símbolo muito importante é o Papai Noel, que foi inspirado num bispo chamado Nicolau, nascido na Turquia, e que costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das suas casas. Nicolau foi consagrado santo (São Nicolau) pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres a ele atribuídos.

Sobre o presépio, trata-se de uma criação de São Francisco de Assis, no ano de 1223. Ele montou o primeiro presépio em uma gruta, na Itália. À época, a Igreja não permitia a realização de representações litúrgicas nas paróquias, mas São Francisco pediu a dispensa da proibição, para relembrar ao povo a natividade de Jesus Cristo. O objetivo era facilitar a compreensão do nascimento de Jesus.

No Brasil, a cena do presépio foi apresentada pela primeira vez aos indígenas e colonos portugueses em 1552, por iniciativa do padre José de Anchieta. Cada figura do presépio tem a sua importância:

Os animais: Representam a natureza a serviço do homem e de Deus.

Pastores: Depois de Maria e José, os pastores foram os primeiros a saberem do nascimento do Salvador. Os pastores também simbolizam a humildade, pois naquele tempo a profissão de pastor era uma das menos reconhecidas.

O anjo: Representa o céu que celebra o nascimento de Jesus.

Estrela: Simboliza a luz de Deus que guia ao encontro do Salvador e orientou os Reis Magos, indicando onde estava Jesus.

Reis Magos: Belchior, Gaspar e Baltazar eram homens da ciência. Conheciam astronomia, medicina e matemática. Eles representam a ciência que vai até o Salvador e o reconhece como Deus. Segundo São João Paulo II, “a verdadeira ciência nos leva à fé”, pois nos revela a grandeza da criação.

Ouro, incenso e mirra: São os presentes que os magos oferecem ao Menino Jesus. O ouro significa a realeza; era um presente oferecido aos reis. O incenso significa a divindade, um presente dado aos sacerdotes. Sua fumaça simboliza as orações que sobem ao céu. Dando este presente a Jesus, os magos reconhecem que o Menino é divino. E a mirra simboliza o sofrimento e a eternidade. É um presente profético: anuncia que Jesus vai sofrer, mas também que seu reinado será eterno.

São José: É o pai adotivo de Jesus, o homem que o assumiu como filho, que lhe deu um nome, um lar, que ensinou a Jesus uma profissão: a de carpinteiro. São José deu ao Menino Jesus a experiência de ser filho de um pai terreno.

Maria: É a Mãe do Menino Jesus, a escolhida para ser a mãe do Salvador. É aquela que disse ‘sim’ ao chamado de Deus e por ela a humanidade recebeu Jesus.

Menino Jesus: É o Filho de Deus que Se fez homem, para dar sua vida pela humanidade. “Sendo ele de condição divina, não Se prevaleceu de Sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-Se aos homens” (Filipenses 2, 6-7).

***

NOTA: Prezado leitor! Nosso desejo é que o seu Natal seja comemorado juntamente com sua família e com todos os seus entes queridos, num ambiente repleto de alegria e paz, de respeito mútuo, de amizade e oração, com a presença constante do Menino Jesus. Feliz Natal!…

*Texto publicado pelo Diário de Goiás

Elson Oliveira
Elson Gonçalves de Oliveira foi professor de Língua Portuguesa, é advogado militante e escritor, com vários livros publicados.
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