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O time do Goiás morreu. De quê? De falta de vergonha

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O Goiás E.C. está jogando fora o seu prestígio, a sua história e o seu estádio. A Serrinha já virou surrinha, na provocação dos adversários.

Longe de ser o que era, o maior time do Centro-Oeste, daqui a pouco será um time de torcida menor – pra começo de conversa. As novas gerações vão escolher times ganhadores, e não perdedores.

Nem raiva dá pra sentir. Não cabe no peito, tomado pela angústia de quem vive o inferno na terra, e o fim de quem ama até o fim, com o fim logo ali.

Não há soneto de fidelidade que dê jeito na solidão de quem chora a morte anunciada de um Goiás perdendo em campo e fora, ou de quem prefere Augusto dos Anjos a Vinícius de Moraes: escarra nesta boca quente beija.

Perdemos duas vezes para o Vila Nova, na casa deles e na nossa. Perdemos para o Goiânia. E estamos perdidos com o Atlético.

Já não temos de quem ganhar. Daqui a pouco estaremos tão rebaixados que não teremos pra quem perder.

Está certo que ainda há tempo, nem tudo está perdido. Esperança de torcedor não tem rival. Mas o grito é da geral: o Goiás tem time, ainda que ruim, o que não tem é diretoria.

De novo. O Goiás perde pro Vila, pro Atlético e pro Goiânia. Ganha, mesmo, só tá ganhando de um só: ninguém. E tem gente na Surrinha, epa, na Serrinha que acha isso normal.

O time do Goiás morreu. De quê? De falta de vergonha. E o torcedor? De verde vergonha.

Vassil Oliveira
Jornalista. Escritor. Consultor político e de comunicação. Foi diretor de Redação na Tribuna do Planalto, editor de política em O Popular, apresentador e comentarista na Rádio Sagres 730 e presidente da agência Brasil Central (ABC), do governo de Goiás. Comandou a Comunicação Pública de Goiânia (GO) e de Campo Grande (MS).
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